A Biblioteca Municipal José Saramago, em Avis, recebeu, no passado sábado, dia 7 de junho, o Colóquio “Alentejo, Terra de Promissão”, baseado no livro da autoria de Mário de Castro “Alentejo, Terra de Promissão. Linha Geral de um Pensamento Agrário”.
Durante este encontro promovido pelo Município de Avis, através do Centro Interpretativo da Ordem de Avis e do Museu do Campo Alentejano, os oradores convidados falaram acerca das transformações ocorridas no Alentejo, no século que passou desde a publicação desta obra.
Para honrar a memória deste avisense, a Dra. Marta Alexandre realizou uma apurada pesquisa sobre a família do escritor e algumas facetas da sua vida.
O Professor Fernando Oliveira Baptista falou sobre a obra em que o autor identifica um problema agrário e propõe caminhos que o possam tornar numa Terra de Promissão, ou seja numa “terra que os fados guardaram inexaurida e rica de possibilidades para que esta nação se faça melhor, o que tanto monta dizer: mais farta, mais justa e mais culta”.
O Dr. Carlos Pedro fez-nos refletir sobre a importância da literatura na caracterização social da história, utilizando como pretexto a obra «Terra Campa» escrita por autor Avisense, Manuel Teles Barradas de Carvalho, que escreveu sob o pseudónimo de Noel Teles.
A Dra. Paula Godinho relembrou-nos as conquistas que a Reforma Agrária, após o 25 de abril, trouxe para a região: creches, escolas, postos de saúde, entre outras, procurando uma reflexão sobre que Alentejo queremos para o futuro.
A Professora Teresa Pinto Correia abordou o papel das universidades como centros de produção de ciência e a forma como estes organismos podem ajudar a mitigar os problemas resultantes da grande alteração que está a ocorrer no território do Alentejo, com propostas alternativas e de disseminação do conhecimento que evite erros comuns que estão a colocar em causa o grande património natural desta região: o Montado.











