Ao Charruar a Terra Dura, o primeiro livro de Joaquim Lobato apresentado em Aldeia Velha
Updated on 24/11/2016No próximo dia 26 de novembro, a Casa do Povo de Aldeia Velha vai ser palco da apresentação do livro de poesia Ao Charruar a Terra Dura, um livro de “Décimas, Quadras e outros Versos” que “nasce em flor, da vontade e do desejo de Joaquim Honorio de Oliveira Lobato, mais conhecido por Joaquim Martinho”, num evento que irá receber o apoio do Município de Avis e da Freguesia de Aldeia Velha.
O lançamento da sua primeira obra poética, no qual estará envolvido Dinis Muacho, o poeta alentejano de reconhecido nome, nacional e internacional, autor de “Poemas de um Cacarrusso”, “Da cor dos meus olhos” e ” Incensus”, vai ter lugar, a partir das 15h30. Um espaço de encontro e partilha da palavra e da música, numa sessão que contará com a atuação de Filipa Lobato (voz), Joaquim Lobato (voz), José Pais (voz e viloa de fado) e Sebastião (guitarra portuguesa), dispostos a representar, interpretar e divulgar o Fado, esperando proporcionar bons momentos de puro entretenimento a todos quantos quiserem, com a sua comparência, honrar o acontecimento.
Joaquim Honorio de Oliveira Lobato nasceu no Monte de Coelheiros, freguesia do Maranhão, concelho de Avis, corria o ano de 1937. Começa a vida como Ajuda de seu pai, pastor no Monte Carvalhoso, na freguesia de Cabeção, como porqueiro e ovelheiro, aos sete anos de idade. Aos catorze, passa a Moural do gado, na antiga aldeia de São Martinho, “lugar emblemático das terras da dinastia de Avis”, no termo da freguesia que o viu nascer e, com vinte, acabados de completar, toma rumo a Lisboa para assentar praça no Regimento de Engenharia n.º 1. Depois da tropa, regressa a São Martinho onde continua as funções de Moural dos gados. Casa e tem filhos. Em 1981 radica-se, definitivamente em Aldeia Velha de Santa Margarida, onde já trabalhava na Cooperativa 29 de Julho local e “por cá se afeiçoou e por cá ficou”. O poeta nascido no Maranhão que só em adulto completou a quarta classe de escolaridade, com a ajuda dos professores Mário Pinto e Amélia Lúcia, está agora reformado. Avô de duas netas dedica o seu tempo à caça, à horta, ao quintal, aos animais e à poesia, esse “dom natural que lhe pertence” e que apresenta aqui nesta Obra, autêntica e genuína, num “falajar” deste povo imenso ao sul do rio Tejo, e a que Joaquim Martinho pertence.