Dinis Muacho apresenta em Aldeia Velha “Incensus”, o seu novo livro de poesia com posfácio de José Luís Peixoto
Atualizado em 01/04/2016A Casa do Povo de Aldeia Velha foi o local escolhido para a primeira apresentação do livro de poesia “Incensus” da autoria do poeta alentejano Dinis Muacho, que se realiza no dia 9 de abril, pelas 15h30.
A sessão irá contar com a apresentação da obra pela poetisa campomaiorense Rosa Guerreiro Dias, estando os momentos musicais a cargo dos reconhecidos fadistas Dora Maria (voz) e João Chora (voz e viola de fado), acompanhados por Bruno Mira (guitarra portuguesa), que interpretarão, entre outros, temas da autoria do poeta alto-alentejano. A apresentação contará ainda com momentos de dança do ventre protagonizados pela bailarina eborense Diana Rosa.
“Incensus” é o terceiro livro de poesia de Dinis Muacho, depois de “Da cor dos meus olhos”, de 2013, e “Poemas de um Cacarrusso”, publicado em 2007.
A obra será apresentada em vários locais do País, sendo de destacar a sessão que se realizará no dia 4 de junho, na Casa do Alentejo, em Lisboa.
Sobre “Incensus” o escritor José Luís Peixoto escreveu:
«No poema, uma única palavra pode sugerir o mundo inteiro. Quando é assim, o poema torna-se uma arquitetura de mundos e, por consequência, é também a apologia de uma ordem maior do que nós, que nos inclui, que existe segundo regras que tentamos desvendar.
Em relação a essa busca, o poema é a cartografia possível, o rasto. São muitos os nomes que tentam circunscrever assuntos desse tamanho: amor, vida. Página após página, os poemas de Incensus trazem-nos reflexos dessa memória: tempo que passou e que, no entanto, ainda está aqui.
Os poemas de Dinis Muacho aspiram à melodia, ao equilíbrio. Possam os seus caminhos cruzarem-se com os olhos de muitos leitores.»
Sobre o autor
Dinis Muacho nasceu a 6 de janeiro de 1982, em Portalegre. É licenciado em Engenharia Mecatrónica pela Universidade de Évora e Membro Efetivo do Colégio de Engenharia Mecânica da Ordem dos Engenheiros. A sua obra, poética e ficcional, figura em dezenas de antologias, tanto em Portugal como na América Latina, nomeadamente no Brasil. Esse reconhecimento, nacional e internacional, materializa-se em variadíssimos prémios e menções honrosas.
Em 2007 editou o seu primeiro livro de poesia “Poemas de um Cacarrusso”, uma homenagem às gentes da sua amada terra: Aldeia Velha de Santa Margarida, no Concelho de Avis. Três anos mais tarde, obteve o 1º Prémio no Concurso de Poesia Popular Alentejo-Algarve (Fundação INATEL), com o poema “A minha terra é d’Homens feita”. Em 2013, com o conto “Madre Alzira”, venceu o Concurso de Contos do Serviço Social do Comércio do Amazonas (Manaus – Brasil), o que lhe valeu a agraciação com a edição da antologia Madre Alzira & outros contos. No decorrer do mesmo ano, edita a sua segunda obra, “Da cor dos meus olhos”, que conta já com duas edições impressas. Em 2016, publica “Incensus”, o seu mais recente livro de poesia, com posfácio do escritor José Luís Peixoto.
Ao longo do seu percurso poético tem escrito, também, para o universo do Fado e do Cante Alentejano, possuindo já algumas das suas letras cantadas, musicadas e gravadas em suporte digital, como é o caso do poema “Terra de Além Tejo”, do trabalho discográfico “Encontros”, da fadista Dora Maria, musicado por João Chora, produzido por José Cid e com direcção musical de Custódio Castelo (2015). Esse mesmo tema faz também parte do reportório do Grupo Coral “Os Alentejanos da Damaia”, grandes dinamizadores do Cante Alentejano a Património Imaterial da Humanidade (UNESCO). O grupo musical conimbricense “Sax & Companhia” tem cantado também um pouco por todo o país, o tema “Amor Abandonado”, com partitura de sua autoria e versos do poeta transtagano. Já em 2016, o poema “Ao norte no Alentejo” foi consagrado como Hino do I Festival de Fado do Alto Alentejo (FestFado), musicado pelo mestre da guitarra portuguesa, Custódio Castelo. Os fadistas João Chora, Ana Roque e Cátia Montemor, também, já emprestaram as suas vozes aos versos do multifacetado poeta.
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