As terras de Avis são habitadas desde pelo menos a ocupação romana. Em 1211, estando já conquistadas aos mouros, as terras de Avis foram doadas aos freires da Milícia de Évora para que estes aí construíssem um castelo e permitissem o seu povoamento. A Ordem passou a denominar-se Ordem de São Bento de Avis e em torno da povoação desenvolveram-se muitas outras localidades que pertenciam ao extenso senhorio desta ordem obediente da Ordem de Calatrava. O domínio do nordeste alentejano seria depois dividido entre a Ordem de São Bento de Avis e as igualmente poderosas Ordens do Templo e de Santiago.
A edificação do Castelo de Avis terá tido início em 1214, quando estava à frente da Ordem o mestre D. Fernão Anes. O castelo era rodeado por uma cerca muralhada com seis torres: Torre da Rainha (ou do Convento), Torre de S. Roque, de S. António, da Porta Nova, da Porta de Évora e Torre de Menagem. Apenas as três primeiras resistiram ao passar dos séculos e chegaram até aos dias de hoje. Alguns cubelos e panos da muralha, a maioria deles adaptados por construções modernas, também podem ainda ser visíveis. Apesar de a vila ser amuralhada, o contacto entre a população local e os freires da Ordem era praticamente inexistente, como atesta o muro que ainda hoje separa estas duas realidades. As duas portas que também resistiram ao tempo e que davam acesso ao antigo terreiro do Convento, também evidenciam esta separação: a Porta do Anjo e a Porta do Arco.
O Castelo foi sofrendo uma série de intervenções ao longo dos séculos, destinadas essencialmente a reforçar o seu carácter defensivo, como comprova a convivência dos vestígios medievais, góticos e as tentativas setecentistas de criar um baluarte moderno. As muralhas e o Castelo de Avis estão classificados como Monumento Nacional desde 16 de Junho de 1910.
Localização: 39º3’21.085 N 7º53’23.312”W

