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O que são árvores de interesse público?
Poucas pessoas sabem o que significa a designação de “Árvore de Interesse Público”, muitos de nós passamos diariamente por algumas delas sem o sabermos. As árvores classificadas como Árvores de Interesse Público, são árvores (isoladas ou de maciço) que pelo seu porte, estrutura, idade, raridade ou ainda por motivos históricos ou culturais se distinguem de outros exemplares, as quais, são protegidas pelo Decreto-lei nº 28468 de 15/02/38.
Qualquer pessoa pode propor ao ICNF a classificação de árvores, ou então, se tem ou conhece alguma árvore que possa vir a ser classificada ou reconhecida como árvore monumental do Concelho, pode contactar a Câmara Municipal de Avis.
Para que o pedido seja aceite, há vários requisitos a satisfazer: as árvores em causa têm que ser de algum modo notáveis, estar de boa saúde e o seu proprietário tem que concordar com a classificação.
É relevante proteger estas árvores, o que ajuda a preservar muitos exemplares notáveis e únicos, e assim, evitar que possam ser impunemente abatidas. A preservação destas árvores é uma mais valia para o enriquecimento da região e constituem um elevado recurso turístico.
O nosso Concelho foi já contemplado com a classificação de três árvores: um sobreiro (Quercus suber L.) que se encontra em espaço privado, em S. Martinho na Freguesia de Maranhão, um freixo (Fraxinus excelsior L.) situado na fonte do Vale e uma Pistacia lentiscus L., vulgarmente conhecido por aroeira, situado na Courela da Igreja, estes dois exemplares na freguesia de Valongo.
Arbusto ou pequena árvore da família das Anacardiáceas. A esta família pertencem espécies conhecidas e apreciadas como os pistachos (Pistacia vera) e manga (Mangifera indica).
Esta planta faz parte dos matagais mistos do tipo mediterrânico. As substâncias resinosas desta planta são aproveitadas no fabrico de tintas e dos seus frutos extrai-se um azeite que se emprega para “el alumbrado”.
A Aroeira está situada na Courela da Igreja, freguesia de Valongo, tem aproximadamente 9 metros de altura e está classificada como árvore de interesse público desde 1995, encontrando-se em bom estado de conservação.
Durante muitos anos esta árvore foi palco de uma tradição “as papas de S. Saturnino”, que se realizava por altura das sementeiras, em que a população se dirigia à capela para implorar ao seu padroeiro que chovesse. Eram então, distribuídas e comidas umas papas de farinha, debaixo desta magnifica aroeira junto à igreja. Alguns faziam-no pela fé, enquanto muitos outros, vinham aqui para matar a fome.
Comidas as papas era então altura de rezar para que as chuvas fizessem germinar as sementes.
Este exemplar secular, de idade indeterminada, com este porte arbóreo, é talvez único no mundo, provavelmente dos últimos vestígios da vegetação natural preexistente.
O freixo é uma das folhosas mais importantes, tanto ecológica como industrialmente. É uma árvore da família das Oleáceas, a mesma família a que pertencem as oliveiras, os zambujeiros e muitas outras árvores do género Fraxinus.
No entanto, ao contrário do que acontece com as oliveiras, as suas folhas caem no Outono. Cresce muito rapidamente se o terreno for favorável (por exemplo a margem de uma ribeira), chegando a atingir os 40 m de altura. As flores do freixo apenas são visíveis individualmente, uma vez que lhes falta o cálice e a corola. Aparecem na Primavera, antes das folhas, e polinizam-se através do vento.
As folhas são pinuladas, e medem entre 20 e 35 cm de comprimento, com 9 a 15 folíolos lanceolados ou ovados, de 4 a 10 cm de comprimento, finamente serrados nos bordos, podem servir de alimento para o gado e, ainda por cima, têm propriedades diuréticas e anti-reumáticas. Uma árvore útil, sem dúvida!
Este exemplar classificado está situado na Fonte do Vale, freguesia de Valongo.
Espécie pertencente à família das Fagáceas, originária do Mediterrânico. Trata-se de uma espécie de crescimento lento, de onde se extrai a cortiça, a finalidade dessa cortiça é o fabrico de isolantes térmicos e sonoros de aplicação variada, mas especialmente na produção de rolhas para engarrafamento de vinhos e outros líquidos.
Distribui-se essencialmente pela Península Ibérica e por alguns locais mais húmidos do Norte de África. Encontra-se em quase todas as regiões do país, situando-se as maiores manchas desta espécie a sul do rio Tejo, principalmente no Alentejo, sendo Portugal, o maior produtor mundial de cortiça.
As folhas do sobreiro medem 2,5 a 10 cm por 1,2 a 6,5 cm, e são de cor verde escura e sem pelos. Têm forma denticular, uma nervura principal algo sinuosa e 5 a 8 pares de nervuras secundárias.
O fruto, como em outros carvalhos (Quercus spp.) é a bolota, também conhecida por lande ou ainda (mais correctamente) glande.
Este exemplar localiza-se num terreno privado, em S. Martinho, freguesia de Maranhão.
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